Sporting em Kiev: reflexões


MIGUEL VELOSO MOSTROU-SE HESITANTE

Não devemos embandeirar em arco com a vitória sobre o Dínamo. Este tem uma equipa longe de ser forte (é pior do que o Shakhtar, que ganhou aos lampiões) e, como disse Paulo Bento, tivemos alguma sorte.
Não se pode dizer que tenhamos feito um bom jogo. Como muito bem notam alguns comentadores deste blogue, o ataque continuou a mostrar-se muito pouco eficaz, o que, entre outras coisas, é atestado pelo facto de os golos terem sido marcados por defesas. A teimosia de PB no uso de Djaló só se compreende por PB não confiar em Purovic. Como eu também não confio: é um jogador pouco habilidoso, cuja única mais-valia poderá consistir no jogo de cabeça. E mesmo neste… tenho-o visto a perder muitas bolas que lhe são dirigidas, contra defesas que, podendo ser mais baixos, são mais decididos a fazer-se às bolas. Quanto a Djaló, começa a ser preocupante que ele não dê aquele pequeno passo que lhe falta para ser um bom jogador: não consegue definir bem os lances – no último passe, na última finta, no remate, no cruzamento. Sendo assim, e ainda por cima sem ter a mesma acutilância de Liedson quanto ao jogo defensivo no ataque, não sei se alguma vez irá lá…
Bom, mas isto são pechas sabidas e já antes analisadas. A novidade neste jogo contra o Dínamo veio duma zona do campo em que as coisas até costumam correr bem: o meio-campo. A maior carência veio de, quem havia de dizer, Miguel Veloso. Assustado pelo adversário, quiçá deslumbrado pelo facto de se sentir visto por meia Europa do futebol, Veloso mostrou-se hesitante e medroso. O que fez que se encostasse demasiado aos centrais, deixando a descoberto a sua normal zona de actuação à frente da defesa (e, marginalmente, contribuindo até para uma maior desorganização do sector defensivo). Isto teve consequências, por seu turno, no rendimento dos seus companheiros de sector. Moutinho, com a habitual generosidade, correu que nem um doido por todo o campo, tentando disfarçar a fraca cobertura daquela zona do campo. O rendimento de Romagnolli foi uma sombra do que tem sido, pois, perdido o seu normal espaço de actuação, ele recuou também no terreno e não teve jogo para fazer as suas costumeiras incursões em tabelinhas até à área adversária. Este facto veio, por sua vez, influir negativamente na prestação dos atacantes.
Não estou com isto a querer crucificar Veloso, um dos grandes valores desta equipa, mas a chamar a atenção não só para a sua inexperiência como, principalmente, para o pernicioso que pode constituir o excesso de vedetismo.
Bem esteve Paulo Bento no escalamento dos jogadores (por exemplo, insistindo, apesar das falhas que tem vindo a ter, em Stojcovic, o que permitiu a este realizar uma boa exibição) e, sobretudo, no discurso que deve ter tido no intervalo, pois a equipa veio do balneário com outra atitude em termos de disciplina e corrigiu o seu posicionamento em campo. E também esteve bem nas substituições (embora um pouco tardias) e no discurso após o jogo, em que reconheceu a sorte que tivemos, pois não só marcámos o segundo golo numa altura em que não tínhamos o controle do jogo, como podíamos ter sofrido mais golos. Também se mostrou “satisfeito com o resultado e muito satisfeito com a forma como os jogadores se batem em campo.”
O melhor de tudo isto, o que há que exaltar, é de facto o espírito de grupo, a capacidade de luta e, sobretudo, a actuação como equipa. Neste ponto, como aliás já se tinha provado na Luz em Kiev se confirmou, o Sporting está a anos-luz dos lampiões.
Fonte: King Lizards

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