Ainda a procissão vai no adro...



LIGA BWIN: 2ª JORNADA - FC PORTO 1 - 0 SPORTING CP


Estádio do Dragão
26.08.2007
20h45
Foi pena que um erro (?) tenha sido a causa de uma derrota. Uma situação de bola dividida entre Polga e Postiga, porque ambos esticaram o pé ao mesmo tempo, levou o guarda-redes do Sporting a não tomar aquela bola como um passe, agarrando-a.

Não tinha necessidade de o fazer porque não estava sequer muito apertado por nenhum adversário. Esperou alguns segundos que este se aproximasse para apanhar a bola com as mãos. Foi evidente a sua convicção de não cometer falta. Em todo o caso, mandaria a prudência que, na dúvida, o não tivesse feito quando nem sequer era perigoso não o fazer. Ficaram-me e tenho ainda dúvidas da realidade do lance que o árbitro, da posição em que se encontrava, não poderia avaliar melhor do que eu. Mas o Porto pediu…

Depois, foi todo aquele cuidado a mandar colocar a “barreira” do Sporting rigorosamente em cima da linha de baliza mas, depois de uma simulação que levou esta a desfazer-se, o árbitro permitiu que o livre fosse marcado enquanto a barreira se recompunha! Estranho não ter mandado repetir o livre, mesmo admoestando quem se tivesse adiantado, como tantas vezes os árbitros fazem e devem fazer.

Já nesta jornada me tinha dado conta, num outro jogo, de como as paixões se manifestam naqueles que comentam os jogos. E todos sabemos como a paixão tolda a razão. Não a conseguem disfarçar no modo como acompanham os lances.

Lembrei-me do tempo em que apenas pela rádio podíamos imaginar o que se passava em campo, pela vivacidade da descrição dos lances que dava a “ilusão” da periculosidade da jogada ou da eminência de golo. Agora, com imagem, nem necessitaríamos que alguém nos descrevesse o que vemos, sobretudo quando, pelo modo como o fazem, transmitem sensações que não correspondem ao que se vê ou, pelo menos, não o fazem de modo equitativo. Não há dúvida de que “eles são muitos”, apaixonados e descarados! Como outros, por outras razões, passaram do recato à afirmação.

Deliciosamente ridículo foi o comentário de alguém a propósito de um lance em que Tonel desarma Quaresma. Todos os portistas pedem falta que o árbitro não marcou. Tonel estica a perna, toca bem a bola com o pé e Quaresma salta, caindo para depois e, como é seu hábito, fazer aquela carinha de menino ofendido em quem ninguém pode tocar e que os árbitros tem de proteger porque a razão é sempre sua. Mas as imagens mostram, sem margem para dúvidas, que o desarme foi limpo e que nem sequer houve qualquer contacto nem o salto de Quaresma foi assim tão esforçado. Mas o “tal comentador” disse, escandalizado mas categórico, que os árbitros tem de atender a estas circunstâncias porque se Quaresma não tivesse saltado… E se o não tivesse feito? Pois… é o filtro da paixão que tolda até os mais ilustres que, como alguém disse, também têm direito ao disparate. Não é o caso, mas o bom senso não foi uma qualidade revelada.

Não há dúvida de que o Sporting não conseguiu, na primeira meia hora de jogo, superiorizar-se ao Porto que esteve mais aguerrido como, aliás, lhe competia porque jogava em casa e porque havia sofrido duas derrotas seguidas ante os leões. Fez-me lembrar o jogo contra o Benfica na Luz em que, apensas por falta de afoiteza, o Sporting não venceu. Parece necessária apenas mais confiança a esta equipa que tem tudo para ser vencedora.

Só depois da meia hora de jogo o Sporting equilibrou o jogo de modo que, logo no início da segunda parte, fez pender a superioridade para o seu lado. Nos primeiros minutos, Liedson de Derlei tiveram bons remates, concluindo boas jogadas de ataque. O Porto não parecia capaz de levar de vencida os sportinguistas. Até que sucede o lance, a todos os títulos inexplicável, que deu a superioridade aos norten


Depois do golo, o Sporting empertigou-se, mas não era fácil, num jogo entre duas equipas de potencial semelhante, recuperar de uma situação como a que deu o golo do Porto, sobretudo na casa do adversário.


O Sporting mostrou ter defesa para anular qualquer ataque, meio campo para controlar qualquer jogo mas, muitas vezes, ainda lhe falta a impetuosidade atacante que fez dele uma equipa terrivelmente eficaz. Mas no início de época as coisas ainda estão em afinação. Mas falta pouco, creio.

Foto Bruno Carvalho centenario sporting

Foi muito pouco, para o bom futebol que o Sporting CP já provou puder efectuar e para os 2.000 sportinguistas que marcaram presença nas bancadas do Dragão, apoiando do principio ao fim a sua equipa, mesmo num domingo à noite

Mais três notas me parecem ser oportunas:

Vukcevic esteve melhor do que Izamiolov, aproximando-se mais do que Nani poderia fazer, demonstrando uma técnica excelente e uma vivacidade notáveis. Quando mais rotinado no jogo da equipa será uma arma temível que criará muitas oportunidades e um excelente apoio ao ataque.

Yannick continua a necessitar de aperfeiçoar o domínio da bola que não consegue reter em boas condições na maioria das vezes que esta lhe é passada. Os adversários sabem que tem esta dificuldade, pelo que basta importuná-lo para o anular. É uma questão de treino específico. Pois que treine porque, de resto, tem características que o podem tornar num atacante poderoso e temível quando for capaz de dominar a bola.

Pereirinha teve intervenções em que revelou o potencial que possui. Seguro com a bola nos pés, parece poder vir a afirmar, ao longo desta época, o valor que possui.

Não foi deslustrante o que o Sporting fez no Porto, nem deixou de dar boas indicações para uma época que será muito disputada e desgastante.

O Campeonato é uma prova de regularidade em que todo o plantel pode participar. O do Sporting já deu provas de ser bom.

FONTE CENTENARIOSPORTING

Ainda hoje Reportagem da deslocação à Madeira!!!! Torcida Verde Loures ; Contactos : Tm: 912122740 , E-mail : torverloures@gmail.com

 
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