PEYROTEU E DJALÓ: QUE DIFERENÇA
Yannick Djaló tem sido muito falado na imprensa desportiva porque parecer ter perdido as boas graças dos adeptos do Sporting. Deixou de sentir o carinho deles. Mas será que o merece? Carinho paga-se com muito mais do que correrias e com muito mais do que com ambições inoportunas.
De facto, Djaló não parece evoluir do modo que se esperava e continua, nesta sua segunda época na equipa principal, a manifestar os mesmos defeitos que treino intenso deveria corrigir.
Nos seus últimos jogos tem sido pouco mais do que inofensivo e nem a sua irrequietude, talvez a sua melhor arma, se tem revelado como antes. Tem uma grande dificuldade em receber as bolas que, por falta de técnica de recepção, quase nunca ficam em condições de dar seguimento à jogada.
Por diversas vezes já, perdeu ocasiões de golo rematando fraco ou torto! Os defesas contrários não devem sentir assim tão grandes dificuldades para o anularem. Basta pressionarem.
Ora, espera-se de um avançado e, sobretudo, de um ponta-de-lança que, para além de energia e velocidade, consiga tornar perigosas as situações em que a bola lhe chega. Terá de dominá-la e de ajeitá-la de modo a que possa rematar de modo espontâneo e decidido. Tem de fazer golos, não desperdiçando as oportunidades que outros lhe criam.
Djaló tem, sem dúvida, potencialidades para ser um bom atacante. Mas ninguém o é apenas baseado nas suas características naturais que terão de ser aproveitadas pelo treino intenso.
Tem de trabalhar muito ainda.
É do conhecimento de muita gente que Peyroteu, o maior goleador da História do futebol ficava, depois dos treinos de conjunto, a treinar sozinho o seu perigoso remate e o domínio de bola. Não era um modelo de técnica, mas os seus remates eram quase sempre muito perigosos por serem fortes e bem direccionados. Mas foi notória a sua melhoria ao longo do tempo. Não descurava o treino e, mais do que isso, jogava com o coração a bater pelo seu clube.
Outra diferença que o distingue de Djaló.
Peyroteu tinha o coração no Sporting e sabe-se até que, quando foi abordado pelo Benfica com muito melhores condições de remuneração, preferiu ficar no seu Sporting onde também jogava de corpo e alma.
Os tempos são outros e as coisas não se passam do mesmo modo, o que tira ao futebol um dos melhores sabores que tinha. Hoje o coração não conta. Bate apenas pelos milhões.
Não se pode jogar no Sporting a pensar no Barcelona!
Para Peyroteu o sonho era jogar no Sporting. Para Djaló não parece ser.
Quem sabe se não é isto que desencantou os adeptos? Quem sabe se não é isto que o tem tornado inútil nesta equipa leonina?
Os jovens habituaram-se a ser milionários muito novos… depois, seguem-se os disparates que até parece que gostam de ver estampados nos jornais!
Djaló ainda está a tempo de corrigir os seus erros. Basta que deseje muito faze-lo.
O Sporting também é coração!
fonte centenario sporting
texto engº rui carvalho
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1 Rugidos:
Completamente de acordo,nao se pode jogar no SPORTING e estar com a cabeça envetual , passo a seguir.
Todos nos sabemos que o ser humano é ambicioso mas nao sera uma grande ambiçao para qualquer atleta querer um dia jogar no SPORTING??????
ENTAO TRABALHA DJALO!!!!
FERNANDO
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