Sporting 1 - 2 GD Fátima-TAÇA DA LIGA - CARLSBERG CUP 4ª ELIMINATÓRIA (1ª Mão)
Jogo que só foi levado a sério pela TORCIDA VERDE, que apesar das contrariedades, começando pelo facto não jogarmos no nosso estádio, e da desvantagem do marcador, houve um empenho significativo no apoio.De salientar a presença de núcleos fora da Grande Lisboa, Alentejo, Algarve e Coimbra.Brevemente fotos do jogo.
Ao Sporting faltou tudo: vontade, qualidade e, sobretudo, inteligência!
Era um jogo de “taça” onde as coisas acontecem de modo diferente. Os pequenos tornam-se enormes e os grandes pagam pela sobranceria com que encaram os jogos.
Este jogo fez-me lembrar um outro há muitos anos atrás quando o Sporting era, sem qualquer dúvida e de longe, a melhor equipa portuguesa. Apesar disso e quase pelas mesmas razões de hoje, foi perder com o Tirsense, então uma equipa quase desconhecida, sendo eliminado da Taça de Portugal.
Hoje, as causas começaram na falta de inteligência. Era inevitável que o Fátima pusesse em campo toda a sua energia e não desse ao Sporting as facilidades que a diferença de qualidade pudesse fazer esperar. Nestes casos a receita seria primeiro ganhar o jogo e depois fazer descansar os jogadores que o treinador entendesse que mais necessitariam.
O treinador tem de conhecer o seu “banco” e Paulo Bento sabe que, nesta altura, as suas reservas são fracas. Uma equipa com sete jogadores não habituais era, inevitavelmente, uma equipa de risco.
Em vez de começar por colocar o adversário “em sentido” para depois o dominar, o Sporting preferiu correr riscos que se revelaram fatais.
No primeiro tempo, o Sporting foi uma equipa que nem a segunda liga seria capaz de vencer. Uma verdadeira manta de retalhos onde nada condizia com nada.
O Fátima adiantou-se no marcador com uma grande penalidade que o árbitro do Benfica-Sporting não teria, certamente, assinalado. De facto, a bola bate na mão de Purovic quando este colocava os braços em frente da cara naquele se jeito esquisito de saltar. Foi intencional? Mas isso não interessa porque a trajectória da bola foi alterada e a grande-penalidade existiu mesmo. Foi golo do Fátima e a equipa da Cova da Iria empolgou-se e foi ela que colocou o Sporting na linha!
Já por outra vez está época Paulo Bento teve uma lição que não aprendeu. Não é quando a batalha está perdida que se usa a “artilharia”. Utiliza-se antes para limpar o terreno e desmoralizar o inimigo.
Purovic, Gladstone, Paredes, Celsinho e Farnerud, quase meia equipa, eram autênticas cartas fora do baralho, elementos que em vez de ajudarem a equipa a desajudaram. Foi uma iniludível falta de qualidade a desta equipa que Paulo Bento formou. O Fátima já tinha dado indicações de não ser uma equipa fácil. E quando se ignoram os sinais...
Foi natural que, logo a seguir ao intervalo, Paulo Bento fizesse todas as substituições possíveis. Decidiu fazer sair Gladstone, Farnerud e Celsinho, colocando em campo Moutinho, Veloso e Romagnoli. Mas ficaram ainda Purovic e Paredes que continuaram a não justificar as suas chamadas à equipa.
Mais próximo da sua equipa principal, o Sporting entrou forte na segunda parte e foi de tal modo insistente que o golo se adivinhava a cada instante. E aconteceu com uma jogada de envolvimento de Abel a que Liedson correspondeu com um remate acrobático e indefensável.
Liedson quebrou um jejum de cinco jogos mas não bastou
Esperava-se o segundo, mas o Sporting resolveu descansar. Ainda havia muito tempo para jogar e o Fátima parecia “favas contadas”.
Puro engano porque o Fátima, sentindo o abrandamento do Sporting, fez das tripas coração e fez tudo para alcançar a vitória que o Sporting não desejou tanto alcançar.
Não se vence sem vontade de vencer, nem se alcança o sucesso sem trabalho.
O segundo golo do Fátima foi um daqueles que acontecem raramente, com um remate a mais de 30 metros da baliza e com o guarda-redes a fazer-se à bola tardiamente. Até o guarda-redes perdeu a concentração. Tiago foi mal batido. Teria bastado um pouco mais de decisão.
Três erros fatais. Não será uma desgraça se tiver sido uma lição.
Há um princípio que diz que à primeira qualquer cai, à segunda cai quem quer e à terceira cai quem é burro. Por isso devem ter acabado as quedas. Espero!
Que conclusões se podem tirar do que sucedeu? O Sporting, como qualquer equipa aliás, não pode dar-se ao luxo de não ser ele próprio se quiser vencer.
As alternativas disponíveis aos jogadores habituais são fracas. Deve o Sporting repensar o plantel onde alguns jogadores não possuem qualidade para defender as cores do Sporting. Deve encarar todos os jogos com mais cuidado. As lições anteriores não serviram para nada?
Uma palavra para realçar o trabalho de Marian Had, o único dos alternativos que merece nova oportunidade.
www.centenariosporting.com
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 Rugidos:
Enviar um comentário