PENSAMENTOS LEONINOS- A JOVEM EQUIPA DOS CEM ANOS

A jovem equipa dos cem anos


Mesmo ainda sem manifestar todos os predicados que a tornaram um caso muito sério no final da última temporada, o que é natural num início de época, a equipa do Sporting mostrou, no primeiro encontro do campeonato, que entra em campo determinada a vencer. É esta determinação que faz as grandes equipas, tal como é a falta dela que pode fazer de um conjunto de estrelas uma equipa banal.

O Sporting continua a ser uma equipa de jovens que se desejam afirmar e se afirmam. Foi esta uma decisão bem tomada por quem sabe que não pode disputar estrelas de primeira grandeza e, por isso, tem de as criar. E cria!

É o Sporting do segundo século que rejuvenesce e se afirma como uma equipa que os grandes europeus já referenciam, cada vez mais, como o firmamento onde, sem nebulosas, se formam estrelas como tantas outras que já se formaram e brilham nos melhores relvados mundiais.

É este o Sporting que pensa no futuro acautelando o presente, adoptando procedimentos inteligentes que garantam a sustentabilidade de um projecto desportivo ímpar.

Nas diversas provas que vai disputar, precisa de possuir jogadores que permitam, sem quebra de qualidade, refrescar a equipa ou substituir os impedidos quando tal acontecer.

Uma defesa forte e atenta, um meio campo generoso e com muita qualidade e um ataque determinado e eficiente, são tudo o que faz uma equipa ganhadora.

Tudo isto o Sporting tem.

As saídas de Carlos Martins e de Nani, sobretudo a deste último que muitos criam insubstituível, parecem ter sido bem colmatadas por novos talentos como o são Izmailov e Vukcevic que boas provas já deram do seu valor e utilidade.

A falta de Caneira, o polivalente da direita, do centro e da esquerda, será suprida, talvez com vantagem, por Pedro Silva, Had e Gladstone que parecem ser excelentes alternativas jovens e com desejo de afirmação, para o que encontrarão excelentes oportunidades no Sporting e nas provas que vai disputar.

Paulo Bento dispõe de um lote de jogadores equilibrado que terá de gerir nas diversas provas que vai disputar. A Taça da Liga poderá ser o que lhe aliviará as dores de cabeça pelas escolhas que terá de fazer, por vezes entre jogadores igualmente merecedores da sua preferência.

Não há dois jogadores iguais, por mais parecenças que aparentem. Nos pormenores e, sobretudo, na personalidade, são diferentes e, por isso, talvez mais eficientes uns do que outros em determinados ambientes ou contra certos adversários.

Além disso, não é possível manter picos de “forma” ao longo de uma época inteira. A gestão da condição física e psicológica é um aspecto da maior importância e cabe ao treinador faze-la, para o que deve possuir atletas em várias fases de aprimoramento.

O Sporting parece dispor de atletas em número e em qualidade para ser assim.

Mas esta série de aspectos, indispensáveis embora, não faz o todo que uma equipa deve ser, um conjunto harmonioso e decidido, em que as características dos vários elementos se complementem e se entrosem perfeitamente.

No jogo com a Académica, o Sporting convenceu os seus adeptos de que entrou no campeonato com a garra que admirámos e nos fez viver horas de muita emoção, sempre esperando pelo golo!

Gostámos de ver como todos os jogadores se comportaram e a qualidade que demonstraram, dando a certeza de que não será por falta dela que a equipa não atingirá os seus objectivos.

Mas o campeonato é longo e é feito de jogos em que, para além do querer, outras coisas podem influenciar o resultado. Por isso se chama jogo.

Esperamos, contudo, que a sorte não nos desampare e que outros factores que podem alterar a verdade do jogo não sejam determinantes também.

Mas há quem diga que a sorte se faz com vontade e com trabalho. E contra o querer, apenas um mais forte o poderá vencer. É, por isso, necessário que o nosso seja o maior.

Força Sporting!

Fonte centenario sporing